O número de casos de Covid-19 na Madeira duplicou nas últimas 24 horas, sendo agora seis os infetados, indicou o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE), esclarecendo que se trata de cinco cidadãos dos Países Baixos e uma madeirense.

"Temos neste momento dois casos com validação pelo Instituto Ricardo Jorge", afirmou a vice-presidente do IASAÚDE, Bruna Gouveia, acrescentando: "Temos mais quatro casos que aguardam validação pelo Instituto Ricardo Jorge, com resultado preliminar positivo". 

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A responsável sublinhou que todos os casos confirmados até ao momento "estão estáveis" e encontram-se no internamento dedicado à Covid-19, no Hospital Central do Funchal, "sem necessidade de cuidados muito diferenciados".

Na região, foram já sinalizados 48 casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 38 foram negativos.

Para além dos seis casos positivos, existem mais quatros casos suspeitos em estudo, explicou Bruna Gouveia, em conferência de imprensa, no Funchal, indicando também que há 320 pessoas em vigilância ativa no arquipélago. "117 destas pessoas estão associados aos casos confirmados", disse.

Os seis casos de Covid-19 foram todos importados, incluindo o da cidadã madeirense, pois tinha regressado no domingo do Dubai e encontrava-se a cumprir a quarentena obrigatória decretada pelo Governo Regional.

Bruna Gouveia realçou que as pessoas em vigilância ativa são acompanhadas regularmente pelas autoridades de saúde e dispõem de apoio psicológico.

Recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS)

  • Caso apresente sintomas de doença respiratória, as autoridades aconselham a que contacte a Saúde 24 (808 24 24 24). Caso se dirija a uma unidade de saúde deve informar de imediato o segurança ou o administrativo.
  • Evitar o contacto próximo com pessoas que sofram de infeções respiratórias agudas; evitar o contacto próximo com quem tem febre ou tosse;
  • Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contacto direto com pessoas doentes, com detergente, sabão ou soluções à base de álcool;
  • Lavar as mãos sempre que se assoar, espirrar ou tossir;
  • Evitar o contacto direito com animais vivos em mercados de áreas afetadas por surtos;
  • Adotar medidas de etiqueta respiratória: tapar o nariz e boca quando espirrar ou tossir (com lenço de papel ou com o braço, nunca com as mãos; deitar o lenço de papel no lixo);
  • Seguir as recomendações das autoridades de saúde do país onde se encontra.

Por outro lado, 104 turistas encontram-se em isolamento preventivo no hotel, no Funchal, onde foi detetado o primeiro caso positivo de Covid-19, na segunda-feira, 16 de março.

A Linha SRS24 (800 24 24 20) recebeu 122 chamadas entre as 00:00 e as 15:00 de hoje, totalizando 2.788 chamadas desde a entrada em funcionamento, sendo que 71 foram encaminhadas para as autoridades de saúde para validação.

A vice-presidente do IASAÚDE indicou, por outro lado, que cerca de 7.500 pessoas já foram rastreadas à chegada ao Aeroporto Internacional da Madeira, entre residentes e estrangeiros, desde que o Governo Regional decretou a quarentena mandatória, no dia 15 de março.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 231 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.350 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 86.250 recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

Dos casos confirmados, 696 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).

O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 85.500 recuperaram da doença.

Portugal encontra-se desde as 00:00 de hoje em estado de emergência e assim se manterá até às 23:59 do dia 02 de abril, pelo que o decreto publicado na quarta-feira em Diário da República prevê a possibilidade de confinamento obrigatório e compulsivo dos cidadãos em casa, assim como restrições à circulação na via pública.

O Governo também declarou na terça-feira o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar, assim sujeito a cerca sanitária e controlo policial de entradas e saídas no território.

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