Entre as novas infeções, 24 pessoas apresentam sintomas e 41 estão assintomáticos, de acordo com um comunicado divulgado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus.
Desde o início da pandemia, Macau registou um total de 98 casos de covid-19 e zero mortes.
À semelhança do interior da China, a região segue uma política de ‘zero casos’, em que os assintomáticos – 231 – não entram para as contas oficiais do Governo, apesar de serem igualmente obrigados a cumprir as medidas de isolamento.
Macau decretou no domingo de madrugada o estado de prevenção imediata, depois de detetar 12 casos de covid-19, e decidiu avançar para a testagem de toda a população durante um período de 48 horas, que terminou na terça-feira.
Foram avaliadas um total de 677.586 pessoas, declarou a nota do Centro de Coordenação de Contingência, sublinhando que aqueles que não fizeram o teste viram o código de saúde convertido para amarelo.
“Os cidadãos com um código de saúde amarelo podem ser impedidos de entrar em locais públicos, não podem usar transporte público e sair da cidade. Estas pessoas serão acompanhadas pela polícia para um local designado para testes e aguardarão nesse local pelos resultados”, indicou ainda o comunicado das autoridades de Saúde, sublinhando que “quem se recusar a fazer o teste será submetido a observação médica de 14 dias em local designado”.
O sistema do código eletrónico distingue, através de três cores, o grau de risco de contágio pela covid-19: o vermelho identifica casos confirmados e suspeitos, proibindo a entrada em serviços públicos e espaços comerciais, o amarelo indica aqueles que tiveram contactos próximos com infetados e o verde identifica que não há qualquer risco de transmissão.
Entretanto, teve início hoje uma nova ronda de testes em Macau, mas desta vez com testes rápidos de antigénio e em casa, através dos ‘kits’ dados pelo Governo por ocasião da testagem geral da população ou que podem ser levantados em zonas indicadas pelas autoridades.
Com vista a “detetar eventuais casos ocultos da COVID-19 na comunidade local”, serão, ainda segundo o Governo, realizados novos testes de ácido nucleico a determinados grupos e zonas-alvo.
Na sequência deste novo surto, Macau definiu dois tipos de áreas de confinamento, delimitando até à data 12 “zonas de controlo selado”, onde é apenas permitida a entrada de pessoas, sendo que lhes está vedada a saída, e cinco “zonas de prevenção”, com a interdição de saída dos edifícios antes de ser efetuado o primeiro de cinco testes de ácido nucleico obrigatórios.
Caso algum dos residentes destas áreas de confinamento tenha viagem marcada para o exterior, não tem permissão para sair de casa, mesmo perante a apresentação de um teste negativo à covid, sublinhou na terça-feira durante a conferência de imprensa diária o diretor dos Serviços de Saúde, Alvis Lo.
“Temos de assegurar que a epidemia não se propaga para fora de Macau”, notou, voltando a lançar um apelo à população do território para que permaneça em casa.
Os serviços públicos vão manter-se encerrados pelo menos até sexta-feira e as atividades educativas das escolas também vão permanecer suspensas.
Desde o início do surto, as autoridades suspenderam ainda o funcionamento dos equipamentos sociais que prestam serviços diurnos (creches, centros de cuidados especiais e centros comunitários) e as visitas a lares de idosos, bem como o encerramento de museus.
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