Num comunicado, a AMCM diz que, após diálogo com a Associação de Bancos de Macau e com as associações de seguradoras, decidiu que as instituições financeiras do território podem “manter operações limitadas e disponibilizar serviços financeiros necessários ao público”.

A partir de segunda-feira, os bancos de Macau poderão abrir algumas das suas sucursais, com horário reduzido, do meio-dia às 17 horas. As seguradoras podem também prestar serviços a clientes, mas apenas após marcação prévia.

As instituições financeiras devem reforçar a higiene das instalações e exigir aos clientes que apresentem um código de saúde de cor verde e meçam a temperatura antes de poderem entrar, disse a AMCM.

O território, que tinha registado cerca de 80 casos desde janeiro de 2020, foi atingido em junho pelo pior surto enfrentado desde o início da pandemia, que infetou mais de 1.700 pessoas, a maioria casos assintomáticos, e provocou seis mortos, todos idosos com doenças crónicas.

Macau saiu hoje de um confinamento parcial, decretado em 11 de julho, passando agora para uma fase chamada de “consolidação”, em sintonia com a política de casos zero determinada por Pequim.

Nesta fase transitória, além das “sociedades e entidades que prestam serviços públicos essenciais e serviços necessários para garantir o indispensável funcionamento da sociedade”, o Governo vai permitir a operação dos estabelecimentos que “tenham acesso à via pública” e que possam garantir a ventilação do espaço, explicou na quarta-feira a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, Elsie Ao Ieong.

Os casinos, que já abriram à meia-noite de sábado (17 horas de sexta-feira), são a exceção a esta regra.

Também na quarta-feira, o diretor dos Serviços de Saúde de Macau, Alvis Lo, disse que, “de forma a recuperar gradualmente o funcionamento da sociedade”, algumas áreas de lazer vão reabrir e os residentes terão permissão para passear os animais de estimação perto da zona onde residem, ao contrário do que aconteceu nas últimas semanas e que motivou forte contestação da população.

Apesar disso, a população deve evitar sair de casa, “salvo por motivos de trabalho, compras ou por outros motivos urgentes ou necessários”, e quando o fizer, os adultos continuarão a ter de usar máscaras do “tipo KN95 ou de padrão superior”, sublinhou o Governo num despacho.

Também o calendário das testagens em massa, que durante as últimas semanas se têm realizado de dois em dois dias, vai sofrer alterações, com apenas grupos definidos pelo Governo a ter de o fazer com esta mesma frequência.