A luta contra o cancro é um investimento rentável no plano económico, garantiram hoje vários dirigentes de organismos e organizações envolvidas no combate a esta doença, durante a abertura do seu congresso mundial, noticia a AFP.
O diretor do Centro para a Pesquisa Global sobre a Saúde, em Toronto, Prabhat Jha, garantiu, em conferência de imprensa, que fora das motivações humanitárias, os decisores políticos deveriam estar conscientes das questões puramente financeiras do combate ao cancro.
O custo da doença, em particular das mortes prematuras das pessoas ativas, vai atingir oito mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros) entre 2010 e 2030 e o do conjunto das doenças ligadas ao tabaco 133 mil milhões de dólares, segundo as estimativas à escala mundial, indicou.
A título de comparação, o produto nacional bruto dos Estados Unidos é de 16 biliões (milhão de milhões) de dólares.
Na Índia, 70 por cento das mortes por cancro ocorre entre os 35 e os 69 anos, reduzindo a vida das vítimas em duas décadas, em média.
O investigador defendeu a triplicação das taxas sobre os cigarros, medida esta que disse “representar a melhor relação custo-eficácia”.
A propósito, citou um estudo do Gabinete do Congresso dos EUA para o Orçamento que concluiu que um aumento de 50 cêntimos de dólar por maço de cigarros reduziria o défice orçamental em 42 mil milhões de dólares até 2021, dos quais três mil milhões conseguidos através da melhoria da produtividade da população, graças a melhor saúde.
Sem novas medidas, acrescenta-se neste documento, o número de cancros vai aumentar 70 por cento até 2030 nos países de rendimento médio e 822 por cento nos de baixo rendimento.
28 de agosto de 2012
@Lusa
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