"Estamos de facto em estado de emergência", começou por dizer António Lacerda Sales sobre a pandemia de COVID-19 em Portugal. "A declaração de estado de emergência deixa-nos ainda mais alerta. Uma resposta musculada do Estado dá origem a uma reposta mais robusta das pessoas. Sem pânico, mas com responsabilidade", frisou o secretário de Estado da Saúde.
"Contamos com cada português para lutar na sua trincheira", disse, depois de confirmar os números do boletim diário da Direção-Geral da Saúde, que apontam para 3 mortos e 785 casos confirmados em Portugal.
"Os grupos de risco têm mesmo de ficar em casa", advertiu. "Os cuidados de saúde primários estão a reorganizar-se. Os médicos de família já estão a contactar telefonicamente os doentes com consultas programadas e vão continuar a fazê-lo", referiu ainda.
"Os utentes devem privilegiar o contactos telefónicos dos centros de saúde, que se estão a adaptar. Continuaremos a trabalhar em todas as frentes de combate ao surto. Os profissionais de Saúde continuam ser linha da frente", acrescentou.
"Muitos de nós vamos ter sintomas ligeiros ou moderados", alertou, depois, Graça Freitas, para pedir que se contacte a linha SNS 24 e se aguarde em casa.
A diretora-geral da Saúde anunciou hoje que Portugal vai passar para um novo modelo de atendimento no surto de COVID-19, com quem apresentar sintomas ligeiros ou moderados a ser seguido em casa. Graça Freitas explicou em conferência de imprensa, em Lisboa, que a maior parte das pessoas deve ligar para a linha SNS 24 (808 24 24 24) e assim ser seguida no seu domicílio.
Concretamente, a diretora-geral da Saúde explicou que os doentes serão acompanhados pelos seus médicos de família, enfermeiros ou outros profissionais de saúde.
"O que quero transmitir é que estamos a subir a curva, mas nesta fase vamos mudar a nossa forma de atendimento, vamos mudar o modelo de apenas hospitais de referência para outro modelo", afirmou.
"Qualquer um de nós, quase todos nós vamos ter sintomas ligeiros a moderados, nesse caso devemos ligar para o SNS 24 e vamos ser seguidos na nossa casa, como já está a maior parte dos doentes a ser acompanhado à data", acrescentou.
A diretora-geral da Saúde referiu que dos 785 doentes com COVID-19 em Portugal, 89 estão internados, ou seja, 15%.
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