31 de março de 2014 - 10h31

Filippo Fiumani, jovem italiano que escolheu o IADE – Creative University para estudar Design de Produção, desenvolveu o protótipo de uma caneta que cria traços em relevo em superfícies de papel. A tese de Fiumani, que compreende a criação de vários protótipos – utilizando materiais como a parte elétrica de um carrinho de brincar – foi distinguida com 20 valores pelo instituto universitário.

Apelidada de “Le mani” – evidenciando a importância das mãos quer para um invisual quer para um artista –, a caneta permite que um deficiente visual possa perceber através do toque o que está a desenhar. A ideia surgiu após o estudante ter constatado que não existe no mercado um instrumento específico que permita aos invisuais expor a sua vertente criativa com perfeita noção da obra que está a ser criada.

Simultaneamente, a caneta permite que artistas e designers possam utilizá-la para experimentar novas formas de expressão.

Arte urbana: bananas espalhadas por Lisboa

Filippo Fiumani realizou vários protótipos até chegar ao produto final: uma caneta ergonómica e equilibrada em termos estéticos. Para um desses estudos, o jovem italiano desenvolveu um projeto de arte urbana tendo por base bananas.

O estudante do IADE constatou que sem recurso a tinta era possível utilizar a caneta para desenhar no fruto e dessa forma criar diferentes projetos de arte urbana. As bananas foram, posteriormente, penduradas e espalhadas pelas ruas e diferentes espaços (como supermercados) da cidade de Lisboa, captando a curiosidade dos transeuntes.

Lisboa foi a cidade que Filippo Fiumani apaixonado por surf escolheu, em 2010, durante a licenciatura, para a realização do programa Erasmus.

SAPO Saúde