
De acordo com o jornal asiático "Asahi Shimbun", is cientistas do Biotherapy Development Research Center, em Kanazawa, tropeçaram no método no início deste ano.
Os cientistas pediram a um chef de pastelaria para criar uma sobremesa usando um líquido constituído por polifenóis, extraídos dos morangos, na tentativa de impulsionar as culturas deste fruto em crise desde o terremoto e tsunami que abalou o Japão em 2011.
O chef, frustrado, disse aos cientistas que "o creme de leite solidificou instantaneamente quando o polifenol de morango foi adicionado", algo que chamou a atenção de um dos investigadores.
Tomihisa Ota, professor emérito de farmácia da Universidade Kanazawa, chegou rapidamente ao gelado que não derrete. "O líquido de polifenol tem propriedades que dificultam a separação da água e do óleo, o que possibilita a manutenção da forma durante mais tempo", comentou o cientista ao referido jornal.
Este não é, porém, o primeiro gelado resistente às temperaturas. Cientistas das universidades de Edimburgo e de Dundee, na Escócia, descobriram em 2015 uma proteína natural, a BsIA, que pode ser usada para criar um gelado saudável e resistente ao calor.
Tal como no caso dos cientistas japoneses, esta proteína liga as gorduras e a água presentes na fórmula do gelado, tornando-o mais cremoso, menos calórico, com menos gorduras saturadas e mais resistente.
Segundo o jornal britânico "The Independent", o único inconveniente é que esta nova sobremesa pode demorar entre três a cinco anos a chegar ao mercado.
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