A ideia do flexitarianismo é de que, não é necessário eliminar de forma radical o consumo de carne e peixe para se obter os beneficios associados à dieta vegetariana.

Os flexitarianos são motivados para o vegetarianismo, habitualmente cozinham e consomem pratos vegetarianos, mas esporadicamente, por exemplo em momentos festivos, consomem carne ou peixe. Na dieta vegetariana uma das principais dificuldades é o aporte de vitamina B12, existente em alimentos de origem animal.

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Os vegetarianos tendem também a utilizar e a alternar fontes proteicas de origem animal – os lacticínios, sobretudo iogurtes e queijo, e os ovos – e proteínas de origem vegetal, como as leguminosas (feijão, grão, lentilhas), os frutos oleagionosos (nozes, amêndoas, avelãs), as sementes (sésamo, girassol, abóbora) e os cereais não refinados (flocos de aveia, arroz semi-integral, massa integral), para obterem fontes proteicas completas e equilibradas. Nestes aspetos, o flexitarianismo pode vir a colmatar possíveis défices nutricionais.

Existem ainda outros benefícios descritos: ausência de alimentos proibidos, levando a uma melhor socialização; melhoria do estado de saúde geral pelo aumento de ingestão de alimentos protetores como frutos e vegetais e o consumo ocasional de carne e peixe; e a diminuição do impacto ambiental, devido à redução do consumo destes.

Mas então o que privilegiam os flexitarianos?

Os flexitarianos privilegiam, assim, o consumo da produção local, o consumo de alimentos sazonais, a escolha de produtos sustentáveis e a diversidade de alimentos.

Contudo, embora o flexitarianismo proponha a diminuição do consumo de carne e peixe, as organizações vegetarianas não o reconhecem como um tipo de vegetarianismo, já que não há a abstenção por completo do consumo de carne na dieta.

Os conselhos são de Ana Rita Lopes, Nutricionista da Unidade de Nutrição do Hospital Lusíadas Lisboa.