O Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) adquiriu recentemente uma nova câmara-gama com tomografia computorizada (TC) integrada para o Serviço de Medicina Nuclear.

O equipamento custou mais de 800 mil euros e faz parte da nova geração de câmaras-gama, equipamentos híbridos que possibilitam a junção numa mesma imagem das características funcionais dos estudos de Medicina Nuclear com a morfologia dos estudos de TC, o que contribui para melhorar a acuidade do diagnóstico.

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Segundo Lucília Salgado, diretora do Serviço de Medicina Nuclear do IPO Lisboa, "a aquisição desta câmara-gama (a terceira) permite melhorar a capacidade de resposta do Serviço de Medicina Nuclear, quer do ponto da rapidez quer do ponto de vista da qualidade dos estudos realizados. O equipamento instalado, uma Symbia Intevo da marca Siemens, é o primeiro deste segmento a ser vendido em Portugal".

Investimentos fundamentais para o diagnóstico e tratamento de vários tipos de cancro

A Medicina Nuclear do IPO Lisboa é um serviço altamente diferenciado e fundamental para as áreas do diagnóstico e terapêutica com radiofármacos. O serviço realiza todos os anos cerca de 9.000 exames e terapêuticas – entre os quais se incluem cintigrafias ósseas, linfocintigrafias, tomografias de positrões e terapêuticas com 131I e 131I-MIBG – todos fundamentais para o diagnóstico e estadiamento ou para o tratamento de vários tipos de cancro.

Esta unidade dá resposta às necessidades dos doentes do IPO e também presta serviços a entidades externas, nomeadamente ao Centro Hospitalar de Lisboa Norte, Centro Hospitalar de Lisboa Central, Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano e Hospital Central do Funchal.

Além do reapetrechamento tecnológico do Serviço de Medicina Nuclear, o IPO tem em curso um investimento de mais nove milhões de euros (9ME) nas áreas radioterapia (aquisição do sétimo acelerador linear), radiologia (instalação recente de mais um equipamento de TC), modernização tecnológica de vários laboratórios, do bloco operatório, da Unidade de Transplante de Medula e das unidades de endoscopia (gastrenterologia, pneumologia e otorrinolaringologia), que é cofinanciado em cinquenta por cento pelo Programa Operacional Regional de Lisboa - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

No apoio à modernização e capacitação da administração pública, os projetos ascendem a quase seis milhões de euros e passam pela requalificação da infraestrutura tecnológica e implementação de aplicações de sistemas de informação e comunicação, fundamentais para a prestação de cuidados e para apoio à decisão.

Até 2020, com o apoio do Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência (POSEUR), o IPO vai ainda investir cerca de sete milhões de euros num programa de eficiência energética que contempla a produção centralizada de água quente e água gelada, substituição de elevadores, isolamento térmico da cobertura do Pavilhão de Rádio e instalação de parque fotovoltaico.

Para Sandra Gaspar, vogal do Conselho de Administração, "o trabalho de equipa desenvolvido no IPO Lisboa é a chave do sucesso para o êxito dos mais de 22 milhões de euros aprovados em candidaturas no âmbito dos programas operacionais e regionais do Portugal 2020".

Os investimentos já concluídos e os que estão em curso no âmbito das candidaturas aos vários fundos comunitários permitem ao IPO "manter-se na vanguarda da evolução e modernização tecnológica e melhorar a resposta aos doentes do IPO e de outras instituições, reforçando e consolidando a articulação no Serviço Nacional de Saúde. Também têm servido para motivar os profissionais a manter níveis de qualidade e de excelência do desempenho, reforçando o papel do IPO Lisboa como o hospital de referência em oncologia".