Este estudo, com especial incidência no cancro do esófago, tem como objetivo criar "conhecimento e evidência científica sobre os tratamentos mais apropriados e eficientes, menos invasivos e com controlo dos custos associados", disse à Lusa o presidente do Conselho de Administração do instituto, Laranja Pontes.

De acordo com o médico, o maior desafio deste projeto, que vai ter a duração de três anos, é demonstrar que os métodos de tratamento são eficazes ao nível do combate à doença e que, ao mesmo tempo, minimizam os efeitos colaterais.

Sendo a cirurgia e a radioterapia radical "as melhores soluções atualmente existentes para a cura de cancros sólidos, existe uma clara necessidade de aumentar o conhecimento ao nível das mesmas, no sentido de se contribuir para a sua evolução, sobretudo no contexto de cancro em fase inicial", referiu.

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"Se por um lado, é expectável que a incidência de cancro aumente, também é possível intervir em fases cada vez mais precoces da doença, nas designadas lesões de menores dimensões", explicou o presidente, acrescentando que "é fundamental que as tecnologias de rastreio e diagnóstico sejam cada vez mais eficazes".

O projeto, que foi financiado em 2,5 milhões de euros pelo programa Norte2020 e onde estão envolvidos cerca de 40 profissionais do IPO-Porto e de centros parceiros, é liderado pelo coordenador do Grupo de Física Médica do instituto, João António Miranda dos Santos.