Investigadores portugueses definiram um novo método para avaliar a presença de água fora das células do corpo humano, relevante em algumas doenças e para os atletas, utilizando a saliva, uma forma menos invasiva e dispendiosa que a recolha de sangue.

Uma informação do Laboratório de Exercício e Saúde da Faculdade de Motricidade Humana, da Universidade Técnica de Lisboa, explica que este método "permitirá simplificar e tornar muito menos dispendioso avaliar a expansão anormal de água extracelular".

Esta situação pode decorrer de algumas doenças como a insuficiência renal, a insuficiência cardíaca, ou a cirrose hepática, que promovem a formação de edemas.

Por outro lado, a "expansão ou o défice anormal de água" no corpo pode ser determinante na melhoria do rendimento desportivo.

O trabalho, publicado na revista científica Biomedical Chromatography, levou à definição de uma forma simples para determinar a água corporal total e validou com Cromatografia Iónica um novo método para a avaliação da água distribuída fora das células (água extracelular), permitindo o cálculo do compartimento intracelular.

"Até ao desenvolvimento e validação deste novo método, a avaliação da água extracelular implicava a recolha de sangue, tornando-a invasiva, dispendiosa e complexa", apontou a informação.

A investigação concluiu que "a saliva pode ser usada como fluído biológico alternativo à utilização de sangue".h

A água é o componente mais abundante do organismo umano, representando cerca de 60 por cento do peso.

Um aumento anormal de água extracelular pode estar associado a algumas patologias que promovem a formação de edemas e um défice de água intracelular está associado a processos de atrofia ou perda da massa celular, com implicações diferenciadas, já que pode afetar o rendimento desportivo do atleta.

13 de fevereiro de 2012

@Lusa