5 de junho de 2013 - 11h21

Uma equipa internacional liderada por um investigador da Universidade do Minho (UMinho) criou um material microporoso com iões de zinco que suprime seletivamente certos tipos de cancro, sem efeitos negativos para as células saudáveis, anunciou hoje aquela academia.

“Na presença de quantidades muito pequenas do novo material, conseguimos a supressão seletiva até 95% de um tipo de célula humana cancerígena ou ‘imortal’ e de uma célula que leva à cirrose em humanos”, explicou o líder daquela equipa, Stanislav Ferdov.

O trabalho mostra como uma combinação de materiais porosos e iões de metal podem ser usados para a preparação de novos medicamentos na luta contra o cancro.

“Aprofundando esta investigação, esperamos aumentar os genótipos de cancro que possam ser inibidos seletivamente e com eficácia”, sublinhou o investigador do Centro de Física da UMinho.

Acrescentou que o potencial deste método é poder testar “in vivo e in vitro “um grande número de materiais microporosos com vários iões metálicos.

“Para os materiais desta classe, este pode ser um avanço sem precedentes”, afirmou.

A pesquisa teve o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia e acaba de sair na revista "RSC Advances".

Nela estiveram também envolvidos investigadores da Academia Búlgara de Ciências, do Centro Nacional de Doenças Infeciosas e Parasitárias da Bulgária e da Universidade de Aveiro.

Lusa