Este medicamento - um gel cujo princípio ativo é o mebutato de ingenol - está indicado para o tratamento cutâneo de queratose actínica não-hiperqueratósica e não-hipertrófica em adultos.
"O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da EMA está atualmente a rever os dados sobre cancro de pele em doentes que usam Picato, tendo verificado uma maior ocorrência de cancro de pele em doentes em tratamento com este medicamento comparativamente a outro medicamento para queratose actínica", informa a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) numa nota de informação.
Assim, e enquanto decorre a revisão de segurança deste medicamento, o PRAC recomendou a suspensão da autorização de introdução no mercado (AIM) como medida de precaução, tendo em conta que existem tratamentos alternativos.
Assim, a EMA e o Infarmed recomendam aos profissionais de saúde que devem "parar de prescrever Picato e considerar diferentes opções de tratamento". "Devem aconselhar os doentes a estarem atentos ao desenvolvimento de lesões na pele e procurar assistência médica imediatamente após a deteção", diz o Infarmed.
Já os doentes devem deixar de usar Picato para o tratamento da queratose actínica e falar com o médico assistente para identificação de um tratamento alternativo. "Caso verifiquem a existência de alterações ou crescimentos invulgares na pele, devem procurar assistência médica imediatamente", lê-se na nota.
A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar este assunto e divulgarão nova informação quando for concluída a revisão de segurança.
Em caso de dúvida ou pedido de informações deve contactar o Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
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