O diagnóstico foi feito durante um exame de saúde no mês passado e o teste confirmou a dilatação do coração e a presença de líquido pleural, disse um porta-voz da agência à AFP.
Um check-up subsequente, incluindo uma ressonância magnética num hospital de Tóquio, descobriu que o imperador aposentado tinha insuficiência cardíaca direita, ou seja, nas cavidades direitas do coração (a aurícula e o ventrículo). "Ele agora está a receber tratamento e a recuperar", disse o porta-voz.
Akihito, de 88 anos, abdicou em 2019, tornando-se o primeiro membro da família real mais antiga do mundo a abdicar do trono em mais de 200 anos. Em 2020, o imperador emérito desmaiou na residência, mas os exames médicos não encontraram "nenhuma anomalia".
Segundo dados da Fundação Portuguesa de Cardiologia, existem cerca de 400.000 pessoas com insuficiência cardíaca em Portugal, sendo possível que grande parte destes pacientes ainda estejam subdiagnosticados e subtratados. Estima-se que a prevalência da doença em território nacional possa aumentar entre 50% a 70% até 2030. Atualmente, a insuficiência cardíaca já é a primeira causa de internamento hospitalar após os 65 anos.
Após um diagnóstico de insuficiência cardíaca é importante que os doentes controlem alguns sintomas e estejam atentos a quaisquer alterações que possam surgir, tais como:
- Aumento de peso;
- Agravamento de falta de ar;
- Maior inchaço nos pés e tornozelos;
- Surgimento ou agravamento de tonturas;
- Menor capacidade de realização de exercício físico;
- Dor no peito persistente (angina);
- Frequência cardíaca rápida (palpitações),
- Dificuldade em dormir.
Para além de estar atento a estes sintomas, o acompanhamento por parte de um profissional de saúde é fundamental, bem como a adesão à terapêutica, para uma melhor gestão da doença.
A alteração de alguns estilos de vida como a mudança na dieta, prática regular de exercício físico e cessação tabágica, também podem contribuir para evitar o agravamento desta patologia crónica que afeta mundialmente mais de 60 milhões de pessoas.
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