Anabela Alves é mãe de uma das 25 crianças que nasceram dentro de água no Hospital São Bernardo, a única instituição pública que aplica este método, e acredita que esta é “a forma mais natural de nascer”.

O filho de Anabela Alves nasceu em março do ano passado e veio ao mundo numa piscina, rodeada de enfermeiros e com o pai a assistir ao parto.

“As crianças vivem durante a gestação dentro de água e nada mais natural do que nascer em ambiente aquático”, contou à agência Lusa.

Anabela Alves, 41 anos, acredita que este método traz benefícios para a mãe e para o filho, embora reconheça que nem todas conseguem chegar até ao fim.

“Só quando estamos a viver a experiência é que temos a certeza de sermos ou não capazes”, disse.

A principal diferença que sentiu entre o parto dentro de água e um outro anterior, sem água e com analgésicos, foi “o sentimento de viver o nascimento do filho em toda a sua plenitude”.

Esta enfermeira enaltece ainda o conforto que a água proporciona à mãe durante o trabalho de parto, por estar com uma parte do corpo submersa, e, acredita, para a própria criança quando nasce.

“É mais confortável e a criança, quando nasce, também está lindamente, num ambiente semelhante àquele em que viveu durante 40 ou 42 semanas, e depois fica aconchegada à mãe”, adiantou.

Enquanto profissional de saúde no Hospital São Bernardo, Anabela Alves reconhece a alegria que este método proporciona às mães cujos filhos viu nascer dentro de água.

"Ficam com uma expressão de felicidade indescritível", disse.

No Hospital de São Bernardo, em Setúbal, existe uma sala só para o parto dentro de água, com uma piscina que é enchida para o efeito, com uma cobertura descartável.

A equipa de enfermeiros especialistas de saúde materna e obstétrica do serviço de bloco de partos/urgência obstétrica deste hospital vai assinalar os 25 partos através deste método com uma sessão comemorativa que decorre sábado na instituição.

30 de novembro de 2012

@Lusa