Uma petição com cerca de 4.500 assinaturas foi hoje entregue na Assembleia da República a exigir a manutenção e a reposição de serviços no Hospital de S. Paulo, na cidade alentejana de Serpa.
A petição, promovida pela Câmara, a Assembleia Municipal e as juntas de freguesia do concelho de Serpa, foi lançada após a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) ter convertido o laboratório de análises clínicas do Hospital de Serpa em posto de colheitas.
Através da petição, os signatários exigem a "manutenção" dos serviços que existem no Hospital de Serpa e a "reposição" dos já retirados, como o laboratório, a "prometida" instalação do Serviço de Urgência Básica (SUB) e a "continuação, com qualidade", de todas as extensões de saúde existentes no concelho.
"O encerramento progressivo dos diferentes serviços do Hospital de S. Paulo, em Serpa, é mais um passo para a desertificação humana e a perda de qualidade de vida das populações da margem esquerda do Guadiana", refere a petição.
Na região, "onde as distâncias a percorrer são grandes e não há transportes públicos adequados, a população é idosa e as pensões baixas, o desemprego grassa e os jovens abalam e poucos retornam, a existência de um equipamento com as valências que o Hospital de Serpa tinha faz toda a diferença", explica a petição.
"E não só para o concelho de Serpa", mas também para os concelhos vizinhos de Moura, Mértola e Barrancos, frisa a petição.
A petição lembra que no Hospital de Serpa já foram fechados vários serviços, como o bloco operatório, a farmácia, as consultas de especialidade (cirurgia, medicina, ortopedia e oftalmologia) e, mais recentemente, o laboratório de análises clínicas.
Segundo a petição, "foram também reduzidas as consultas de diabetes, a fisioterapia deixou de ter transportes e o serviço de RX não tem radiologista, o internamento passou a unidade de cuidados continuados e foram transferidos para Beja alguns serviços", como os de aprovisionamento, contabilidade e recursos humanos.
22 de dezembro de 2011
@Lusa
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