Em comunicado enviado à agência Lusa, o Conselho de Administração do CHVNG/E confirma que existem doentes internados em macas no Serviço de Urgência, descrevendo a situação como uma "prática incorreta que se iniciou em 2015" e garante: "Este problema estará resolvido no fim da próxima semana".

A Ordem dos Enfermeiros estimou quinta-feira que cerca de dez doentes estejam internados em macas no Serviço de Urgência do Hospital de Vila Nova de Gaia quando "existem camas livres" no mesmo equipamento hospitalar.

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"Não faz sentido nenhum que doentes estejam internados em condições não seguras, sem comodidade e sem dignidade, quando existem camas livres no hospital. Achamos que estão a falhar no serviço à população", disse o presidente do conselho diretivo da Secção Regional do Norte da Ordem dos Enfermeiros, João Paulo Carvalho.

Sete dias numa maca da urgência 

"Uma senhora com 92 anos passou sete dias na urgência numa maca onde não é possível prestar cuidados de higiene com qualidade, não é possível mobilizar os doentes com segurança", exemplificou o presidente do conselho da Secção Regional do Norte.

Da visita realizada esta semana surgirá um relatório a enviar aos serviços centrais da Ordem dos Enfermeiros, administração do CHVNG/E, estando a secção regional a "ponderar escrever ao Ministério da Saúde".

Em resposta, o Conselho de Administração do CHVNG/E admite que "a permanência inapropriada no Serviço de Urgência aguardando alta para outra instituição - outro hospital, cuidados continuados, cuidados sociais ou domicílio - é encarada como uma situação excecional e como tal, deverá acontecer durante o menor número de horas possível".

O Conselho de Administração também vinca que "tem confiança plena nos seus profissionais e diretores de serviço agradecendo o esforço e empenho que têm demonstrado na melhoria do serviço aos doentes".