“Estes três CRI estão em fase de implementação, desde este mês, e aguardam inauguração oficial, o que se espera que ocorra muito em breve”, revelou hoje à agência Lusa a presidente do conselho de administração do HESE, Maria Filomena Mendes.
Segundo a mesma responsável, estas novas valências são “muito importantes” porque “cobrem áreas” nas quais se registam, no Alentejo, “os maiores níveis de mortalidade”, como são “as doenças cardiovasculares e as doenças oncológicas”, assim como “um problema que afeta grande parte das pessoas, que é a obesidade”.
O Centro de Respostas Integradas ligado à Obesidade, apesar de existirem já outros em diversos hospitais do Serviço Nacional de Saúde do país, “é único” na região sul, salientou Maria Filomena Mendes.
“O CRI Onco-Cirúrgico do HESE é inovador no país e também é muito importante porque junta as valências da área da oncologia e da cirurgia”, permitindo que “haja uma maior acessibilidade e uma melhor qualidade no atendimento” aos utentes, argumentou.
Estes dois centros, que já contam com equipas multidisciplinares formadas e alguns equipamentos adquiridos, ainda “terão outras melhorias no futuro”, mas, para já, estão a começar a funcionar em instalações preexistentes.
Já o CRI Cardiovascular é que “tem, neste momento, instalações remodeladas e próprias”, bem como “novos equipamentos de topo”, o que “permite dar uma resposta que, até agora, não conseguíamos dar”, frisou.
A criação destes três centros, que representam “uma nova forma de organização interna”, mostra que “os profissionais do HESE estão muito abertos à inovação”, elogiou a presidente do conselho de administração (CA).
“O CA lançou o desafio e, independentemente de serem chefes de serviço ou não, os profissionais podiam propor a criação de um CRI. Estes três foram aprovados e envolvem equipas multidisciplinares muitos grandes”, afirmou.
Maria Filomena Mendes argumentou que “é um processo que está a iniciar-se em poucos hospitais do país e aqui não houve qualquer receio de abraçar o desafio e de construir o futuro”, já a pensar no futuro Hospital Central do Alentejo, previsto ser construído em Évora.
“É um modelo de funcionamento completamente distinto, que permite cruzar diferentes serviços e ter sempre o doente no centro e que pode motivar mais os profissionais”, pois, “abre a possibilidade de haver diferentes níveis de remuneração consoante os diferentes objetivos que vão alcançando” e “aposta muito na área da formação e da investigação”, explicou.
Os CRI estão contemplados no novo regime dos hospitais do setor público, publicado em Diário da República a 10 de fevereiro de 2017.
Estes centros são constituídos por equipas multidisciplinares integrando médicos, enfermeiros, assistentes técnicos, assistentes operacionais, gestores e administradores hospitalares e outros profissionais de saúde, de acordo com a área ou áreas de especialidade.
Os CRI constituem-se através de formas de organização flexíveis direcionadas para dar respostas céleres e de qualidade às necessidades dos utentes.
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