Quatro serviços do hospital da Guarda atingiram graus de excelência de nível II e III, em 2010, no âmbito do Sistema Nacional de Avaliação dos Serviços de Saúde, disse hoje à Lusa fonte hospitalar.

"Os serviços de ortopedia, pediatria e obstetrícia estão todos no nível de excelência II, excetuando o de ginecologia que está no nível III", anunciou Adelaide Campos, diretora clínica do Hospital Sousa Martins (HSM), unidade hospitalar que está integrada na Unidade Local de Saúde (ULS).

Segundo o sistema de avaliação aplicado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), a classificação dos serviços é feita em três níveis: nível III (nível máximo de excelência clínica, prestador posicionado na categoria de classificação superior), nível II (nível médio de excelência, categoria de classificação intermédia) e nível I (categoria de classificação inferior).

Adelaide Campos referiu que os serviços do HSM avaliados no ano passado estão todos "com bom potencial de crescimento e de desenvolvimento".

Adiantou que a direção da ULS da Guarda iniciou em 2011 a avaliação do serviço de cirurgia em ambulatório e a tendência é para, em 2012, ser proposta a avaliação da segurança no doente.

A responsável lembrou que a apreciação dos serviços do hospital foi iniciada em 2009, tendo a unidade de saúde integrado o projeto-piloto da ERS, que começou com cerca de 20 hospitais.

A diretora admitiu que os serviços do HSM terão melhores níveis de qualidade quando entrar em funcionamento o novo pavilhão, que está em fase de conclusão.

"As instalações não fazem os hospitais, mas ajudam muito, porque o bem-estar dos profissionais e dos doentes é fundamental para um bom desempenho", observou.

A diretora clínica reconheceu que o novo edifício, orçado em 45 milhões de euros, "vai ser um pólo dinamizador de qualidade".

"Só por si, as instalações representam um avanço em relação à qualidade", disse, adiantando que no novo pavilhão "os quartos passam a ser de duas pessoas, os serviços são amplos, existem salas de trabalho para os profissionais e salas de reuniões adequadas".

Indicou que a entrada em funcionamento do novo bloco do HSM está mais atrasada do que o previsto, porque o prazo inicial apontava para o mês de agosto.

"Estão a decorrer os concursos de aquisição de equipamentos" e "as obras não estão a andar no ritmo que seria desejável", admitiu, referindo que as previsões apontam para a sua conclusão dentro de "dois a dois meses e meio".

07 de novembro de 2011

@Lusa