Patrick Hardison, 42 anos, de Senatobia, no Mississippi, foi completamente desfigurado quando o telhado de uma casa em chamas cedeu sobre ele, em 2001, durante o horário de trabalho.
Mais de 14 anos depois, foi submetido a uma cirurgia complexa em Nova Iorque, em agosto de 2015, para receber uma cara nova. Os médicos avisaram-no que a cirurgia tinha apenas 50% de hipóteses de ser bem-sucedida.
"Eu e a minha família fizemos uma viagem à Disney World em junho e eu voltei a nadar na piscina. Isto era algo que eu não fazia há 15 anos!", disse Hardison numa conferência de imprensa para comemorar o primeiro aniversário da cirurgia.
"Não há mais olhares de estranhos. Voltei a ter, praticamente, uma cara normal, fazendo atividades normais", disse Hardison.
O bombeiro, que em conferência de imprensa agradeceu à equipa médica e à família, encoraja outras pessoas a explorarem a possibilidade de fazer um transplante facial.
Mais de 100 médicos, enfermeiros e profissionais de apoio participaram no transplante de 26 horas em agosto de 2015 no Centro Médico Langone, da Universidade de Nova Iorque. O seu dador foi David Rodebaugh, um premiado ciclista de BMX de 26 anos de idade, de Brooklyn, que morreu na sequência de um acidente de estrada.
Hardison passou por vários procedimentos pós-cirúrgicos ao longo do último ano, principalmente para ajustar as suas pálpebras e lábios e para remover tubos de alimentação e respiração.
Eduardo Rodriquez, que liderou a cirurgia, disse que ficou impressionado com a recuperação do paciente. "Ultrapassou todas as nossas expectativas", afirmou.
Hardison toma medicamentos imunossupressores, rotina que vai manter o resto da vida, para evitar a rejeição ao transplante.
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