Doze por cento dos portugueses, a maioria homens, já adormeceram enquanto conduziam, sendo a sonolência responsável por um em cada cinco acidentes rodoviários nas estradas portuguesas, indica uma investigação.

Um estudo da Associação Portuguesa do Sono indica que, no último ano, 23 por cento da população sentiu sonolência enquanto conduzia e 3 por cento chegaram mesmo a adormecer ao volante. A prevalência incide em homens, entre os 25 e os 34 anos, com alto risco de apneia, má qualidade de sono e com excesso de peso.

Estes homens pertencem à classe média e alta, residem na grande Lisboa e bebem, em média, três cafés por dia.

A apneia é uma doença respiratória do sono, que afeta normalmente os homens obesos com mais de 40 anos.

Dos 900 inquiridos no estudo, 209 admitiram que já conduziram sonolentos e 28 chegaram mesmo a adormecer ao volante.

No último ano, 215 inquiridos conduziram sonolentos e/ou adormeceram ao volante tendo sido responsáveis por seis acidentes, a maioria dos quais ocorreu em estradas secundárias e entre as zero horas e as seis da manhã.

Quanto às medidas tomadas pelos automobilistas para combater a sonolência, o estudo revela que a primeira é parar o veículo e a segunda abrir a janela para apanhar ar. 

Dormir antes de prosseguir viagem é apenas a quinta medida adotada pelos automobilistas, que antes ainda experimentam aumentar o som do rádio e beber um café ou uma bebida cafeinada.

O estudo revela também que, de um modo geral, os portugueses são ativos e saudáveis. Não têm tensão alta, têm baixo risco de apneia do sono, uma sonolência normal, boa qualidade de sono e bebem, em média, dois cafés por dia.

O estudo surge no âmbito das atividades desenvolvidas em torno do Dia Mundial do Sono, que se celebra hoje, dia 18 de março, ocasião aproveitada para o lançamento da campanha de sensibilização “Conduzir com sono pode Matar”.

18 de março de 2011

Fonte: LUSA/SAPO