A Noruega ultrapassou a Dinamarca como o país mais feliz do mundo num relatório que sugere a construção de confiança social e a igualdade como o segredo do bem-estar das populações.

Segundo o relatório sobre a felicidade mundial, divulgado no Dia Mundial da Felicidade pelas Nações Unidas, os países nórdicos ocupam cinco posições do top 10. Portugal, numa lista de 155 países, surge apenas na 89ª posição, ainda assim melhor do que em 2016, quando estava em 94.º lugar.

Depois da Noruega e Dinamarca, seguem-se a Islândia, Suíça, Finlândia, Holanda, Canadá, Nova Zelândia, Austrália e Suécia como os países onde há mais confiança social, igualdade e bem-estar dos respetivos cidadãos.

Os países da África subsaariana, juntamente com a Síria e o Iémen, são os menos felizes dos 155 países classificados no quinto relatório anual, divulgado pela Rede de Soluções e Desenvolvimento Sustentável (SDSN) da ONU.

No fundo da tabela aparecem tamém o Sudão, Guiné-Conacri, Libéria, Ruanda, Tanzânia, Burundi e a República Centro-Africana. "Os países mais felizes são aqueles em que há um equilíbrio saudável na prosperidade e um alto capital social, o que leva a uma confiança na sociedade, baixos níveis de desigualdade e confiança no governo", comenta Jeffrey Sachs, diretor do SDSN e conselheiro especial do secretário-geral da ONU, citado pelo Guardian.

A Alemanha surge na 16.ª posição, o Reino Unido na 19.ª e a França em 31.º lugar. Os Estados Unidos caíram um degrau, estando agora no 14.º posto. Esta queda deve-se à desigualdade, desconfiança e corrupção, disse o responsável que atribui a descida ainda às medidas económicas seguidas pela administração de Trump.

O ranking é baseado em seis fatores - produto interno bruto per capita, esperança de vida saudável, liberdade, generosidade, apoio social e ausência de corrupção no governo ou negócios.