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Entre 20% a 40% dos órgãos são rejeitados por doença desconhecida do doador
31 de janeiro de 2014 - 11h09
Em 2013, havia, em Portugal, 1910 pessoas à espera de um transplante de rim, um número que diminuiu em 67 face a 2012.
Em 2009, Portugal teve 329 dadores de órgãos. Desde então, este número não parou de descer, com a queda mais acentuada a acontecer em 2012, com apenas 252 dadores, o que se traduziu na colheita de 749 órgãos para transplantes (entre rins, fígado, coração, pâncreas e córneas).
Ana França, coordenadora nacional na área da transplantação do Instituto Português do Sangue e da Transplantação, em entrevista ao jornal Público, diz que os números de 2013 - em que houve mais 17% de dadores - são a prova de que se está a conseguir interromper a quebra.
A descida foi atribuída, em parte, ao corte das verbas que são atribuídas pelo Ministério da Saúde aos hospitais como pagamento pelos transplantes efetuados.
Porém, segundo Ana França, para que os cirurgiões possam transplantar órgãos há um complexo processo que começa numa urgência de um hospital ou numa unidade de cuidados intensivos, onde vão parar os doentes em estado crítico que poderão ser potenciais dadores de órgãos.
As equipas destes serviços tem detetar estes casos e o doente terá de ser mantido sob ventilação durante pelo menos 24 horas para que a colheita se possa fazer.
Contudo, as verbas atualmente pagas aos hospitais que colhem não são suficientes para cobrir os custos, informa a especialista.
Ana França estima que cubram no máximo 60% dos custos efetivos, como pessoal de saúde, exames e análises, ventilação.
SAPO Saúde
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