“Tem havido um crescimento ao longo dos últimos anos quanto à disponibilização de consultas nas diversas ilhas, mas nós ainda não estamos satisfeitos porque reconhecemos que há ainda situações a que não foi possível acudir com a intensidade com que pretendemos, é nisso que estamos a trabalhar”, afirmou Vasco Cordeiro.

O chefe do executivo açoriano falava aos jornalistas em Santa Cruz da Graciosa, após a reunião com o Conselho de Ilha, no âmbito da visita estatutária que o Governo Regional iniciou hoje.

O reforço das consultas de especialidade foi uma das medidas que o Conselho de Ilha, organismo consultivo que integra autarcas e representantes dos sindicatos, associações empresariais e outras entidades ligadas ao ambiente, pescas ou agricultura, pediu no memorando enviado ao executivo regional que antecedeu a visita. “Mais do que uma promessa neste momento sobre números, o que gostaria de salientar é a consciência que o Governo [Regional] tem de que essa é uma área que necessita ainda de mais trabalho da nossa parte, é isso que estamos a fazer, esperando que dentro de muito em breve seja possível dar conta desses resultados”, declarou Vaso Cordeiro.

Questionado sobre eventuais alterações à legislação no âmbito da deslocação de médicos especialistas, o presidente do Governo dos Açores referiu que “o objetivo, mais do que alterações de legislação, é fazer corresponder o mais possível aquela que é a prestação” do Serviço Regional de Saúde às “necessidades dos açorianos”.

“Isso já se consegue num conjunto vastíssimo de áreas, mas nomeadamente nesta componente da deslocação de especialistas, continuamos a trabalhar ao nível do próprio quadro regulamentar que enquadra essas deslocações no sentido de garantir que, quer por via da deslocação de especialistas do próprio Serviço Regional de Saúde, quer pelo recurso a médicos fora do quadro do Serviço Regional de Saúde essa resposta seja dada”, adiantou.

A visita do Governo Regional à Graciosa, que termina na quarta-feira, cumpre o Estatuto Político-Administrativo dos Açores, segundo o qual o executivo deve visitar cada uma das ilhas do arquipélago pelo menos uma vez por ano e que o Conselho do Governo reúna na ilha visitada.

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