"Pelo movimento de pessoas, acho que está a funcionar a menos de metade", disse à nossa reportagem, a meio da manhã, uma funcionária do bar e refeitório do piso menos dois, de uso exclusivo de funcionários do Hospital da Universidade de Coimbra.
Em alguns dos 10 pisos do edifício, foi possível verificar que muitos secretariados clínicos não estão a funcionar e que grande parte dos internamentos trabalha com serviços mínimos.
As consultas de oftalmologia, urologia e cardiologia, por exemplo, não funcionam por falta de administrativos, apesar de alguns utentes aguardarem nos corredores na esperança de conseguirem ser consultadas.
Na pneumologia, os exames também não estão a funcionar por falta de pessoal.
A agência Lusa detetou também que os auxiliares do internamento de endocrinologia estão todos em greve, embora existam especialidades que estão a funcionar normalmente, como é o caso de Medicina Interna.
"Hoje, nota-se que o movimento de pessoas, auxiliares e profissionais de saúde é bastante menor do que nos dias normais", salientou Leonel Rodrigues, técnico de elevadores em permanência no HUC.
Os trabalhadores da administração pública cumprem hoje uma greve nacional, a primeira da atual legislatura, e realizam uma manifestação à tarde, em Lisboa.
A Frente Comum da Administração Pública, da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP), convocou em dezembro uma manifestação nacional para hoje contra a proposta de aumentos salariais de 0,3%, a que se seguiu o anúncio de greves nacionais por parte das estruturas da União Geral de Trabalhadores (UGT) - a Federação Nacional dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap) e a Frente Sindical liderada pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
Várias organizações setoriais marcaram também greves hoje, como são os casos da Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE), da Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas do Diagnóstico e Terapêutica.
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