Cerca de 8600 cirurgias programadas e 182 mil consultas externas de especialidade estão em risco de ser adiadas entre quarta e sexta-feira, por causa dos dois dias de greve nacional de médicos e da tolerância de ponto decretada pelo Governo a propósito da visita do Papa a Fátima.

Os médicos vão estar em greve nos dias 10 e 11 maio, anunciaram dirigentes sindicais após várias rondas de reuniões com o Ministério da Saúde.

Os sindicatos médicos acreditam que a greve de 10 e 11 de maio vai ter uma "enorme adesão" e apelam aos utentes para que apenas compareçam nos serviços de saúde em casos agudos ou de urgência.

A redução do número de horas de trabalho nas urgências, a limitação da lista de utentes por médico de família e a diminuição da carga máxima de trabalho extraordinário anual são algumas das reivindicações que os sindicatos consideram não terem sido atendidas.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) argumentam que o Ministério da Saúde tem andando a "empurrar com a barriga" as negociações com os profissionais, num "processo de arrastamento inexplicável", sem qualquer concretização.

As frases mais ridículas ouvidas pelos médicos