“A média de adesão está nos 90%, tanto no Alentejo, como no país, de norte a sul, passando por Lisboa”, afirmou à agência Lusa José Correia Azevedo, presidente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Enfermeiros (FENSE).

Segundo o mesmo responsável, no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), “93% dos enfermeiros” que deviam estar de serviço aderiram ao primeiro dos cinco dias de paralisação.

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Já no Hospital de Beja, integrado na Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, “a adesão é de 91%”, revelou o dirigente sindical.

Consultas externas a funcionar sem enfermeiros

Em ambas as unidades hospitalares, indicou, “as consultas externas estão a funcionar sem enfermeiros e as cirurgias programadas foram adiadas”, estando “apenas asseguradas cirurgias de urgência”.

Já quanto aos hospitais de Portalegre e do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém (Setúbal), José Correia Azevedo não disponibilizou à Lusa, até final da manhã, dados concretos, mas sublinhou que a adesão “está na média da região”.

Em termos nacionais, de acordo com a FENSE, a greve de cinco dias dos enfermeiros está a ter uma adesão entre os 83% e os 96%.

A paralisação dos enfermeiros associados da FENSE, que integra o Sindicato Independente Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE), visa protestar contra o impasse na negociação do acordo coletivo de trabalho, que começou há um ano.

Os enfermeiros exigem a conclusão da negociação do Acordo Coletivo de Trabalho entregue pelos sindicatos a 16 de agosto de 2016 e a criação de uma carreira especial de enfermagem, com a categoria de enfermeiro especialista.

Reclamam também o descongelamento da carreira, lembrando que o Estado deve aos Enfermeiros 13 anos, 7 meses e 25 dias nas progressões, e a revisão das tabelas remuneratórias.

“Mesmo que não tenham dinheiro para a pagar atualmente, os sindicatos já propuseram o pagamento em três prestações anuais”, disse José Correia Azevedo.