Na pergunta endereçada ao Ministério da Saúde, o BE alerta para “a urgente necessidade de obras de alargamento e remodelação das urgências”, lembrando que estas “vêm sendo prometidas ao longo dos últimos anos, mas até agora ainda nada foi feito”.

O grupo parlamentar refere que estas obras integram o plano de investimento do Ministério da Saúde para este ano, “no entanto, o financiamento deste projeto já tinha sido aprovado em 2017 no Programa Operacional Regional do Centro – Centro 2020, tendo o mesmo sido anunciado várias vezes”, para que as obras tivessem início, em 2017 e em 2018.

“Estas são obras necessárias para que o serviço possibilite uma resposta eficaz à população do distrito de Viseu. Entre as queixas dos utentes constam longas horas de espera no atendimento no serviço de urgência, a incapacidade de resposta no controlo da dor ou de outros sintomas e a falta de apoio pós-alta”, sublinha.

Na opinião do BE, já aconteceram “situações inaceitáveis”, como terem sido transferidos onze doentes para a Casa de Saúde de S. Mateus, “uma unidade privada com a qual foram contratualizadas 24 camas, de forma a aliviar o internamento no centro hospitalar”.

“Não podemos aceitar que se contratualizem camas com unidades privadas quando existe, há muitos anos, um projeto de remodelação e alargamento do serviço de urgências. Devemos pugnar pelo investimento no SNS (Serviço Nacional de Saúde) e pela qualidade dos serviços prestados à população”, defende.

Dado que as obras estão previstas pelo Ministério da Saúde para o Orçamento do Estado de 2019, “é urgente que se proceda à realização das mesmas, de forma que seja possível dar uma resposta célere na resolução destes problemas, uma vez que esta situação afeta um enorme número de utentes”, acrescenta.