O estudo conduzido por uma equipa de investigadores liderados por Sanne Peters, investigadora do Instituto George para a Saúde Global, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, contou com a participação de quase 500.000 indivíduos adultos, com idades compreendidas entre os 40 e os 69 anos.

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Os participantes não possuíam qualquer histórico de doenças cardiovasculares no início do estudo e foram seguidos durante sete anos. Nesse período foram registados 5.710 casos de ataque agudo do miocárdio.

O estudo chegou à conclusão que a obesidade em geral e a obesidade à volta da região do abdómen aumentam o risco de enfarte agudo do miocárdio em ambos os sexos. No entanto, esse impacto negativo cardiovascular é ainda maior no caso das mulheres com grande volume perimétrico da cintura e ancas.

Doenças não transmissíveis são a causa de 60% das mortes

Segundo os investigadores, este estudo sugere que as diferenças na quantidade e distribuição do tecido adiposo não resulta somente em diferenças na forma do corpo entre homens e mulheres, mas também poderá exercer um impacto diferente no risco de ataque agudo do miocárdio em fases posteriores da vida.

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"As nossas descobertas concluem que a existência proporcional de mais gordura à volta do abdómen (uma característica do formato de maçã) parece ser mais prejudicial do que a gordura visceral que se encontra geralmente armazenada somente à volta das ancas (ex.: o formato de pêra)", concluiu a autora principal do estudo.

As doenças não transmissíveis (DNT), como a obesidade e a diabetes, são responsáveis por quase 60% das mortes em todo o mundo e 45% da morbidade global. A alimentação inadequada, junto com a inatividade física e o fumo, estão entre os principais fatores de risco preveníveis de DNT.

Um consumo diário suficiente de frutas e verduras pode ajudar a prevenir DNT como cardiopatias, diabetes tipo 2, obesidade e certos tipos de cancro.