27 de junho de 2014 - 14h20

A Fundação Luso-americana para o Desenvolvimento (FLAD) lança em setembro dois concursos científicos, para equipas mistas de investigadores portugueses e norte-americanos, com um financiamento de 400 mil euros cada.  

"Vamos lançar dois grandes concursos internacionais que serão feitos para equipas mistas portuguesas e norte-americanas. Cada equipa vencedora vai receber 100 mil euros por ano, durante quatro anos, num total de 400 mil", disse o presidente da fundação, Vasco Rato, à agência Lusa.  

O responsável não precisa as áreas de investigação eleitas, mas diz que a fundação "está a olhar para áreas que vão ao encontro dos problemas das pessoas".  

"Um deles será para investigação de doenças que afetam pessoas de uma forma muito imediata e quotidiana em Portugal. Um será mais para investigação teórica e outro para investigação aplicada, resolvendo doenças que são muito comuns em Portugal", adiantou ainda Vasco Rato.  

O presidente da FLAD disse que "há poucos concursos desta natureza" e que, por isso, esta iniciativa será "um passo muito significativo para a internacionalização dos investigadores portugueses".  

O financiamento para estes novos concursos será conseguido com o fim de outros programas mais pequenos.  

"Alguns programas vão acabar, não por deficiências que tenham, mas porque definimos novas prioridades. Achamos preferível ter um grande concurso financiado, que tenha um impacto significativo, do que ter quatro ou cinco concursos com um financiamento, por vezes reduzidíssimo, de quatro ou cinco mil euros.

Não significa que os programas antigos sejam maus, mas que temos uma estratégia diferente", disse Vasco Rato.  

Os fundos serão atribuídos ao longo de três anos, sendo o último opcional. Novos concursos serão lançados a cada três anos.  

A FLAD está a preparar os concursos com a investigadora Maria
Manuel Mota, do Instituto de Medicina Molecular, que foi distinguida com
o Prémio Pessoa no ano passado.   

Vasco Rato, que tomou posse
em janeiro deste ano, disse que a nova iniciativa resulta do trabalho
feito nos últimos seis meses, em que foi feita uma "avaliação dos
programas existentes, um reconhecimento da casa e definidas novas
prioridades para os próximos cinco anos".  

O responsável
explicou ainda que, depois de vários anos em que o ensino e promoção do
português nos EUA foi a principal atividade, a prioridade da fundação
até 2018 será a cooperação económica e empresarial entre Portugal e os
EUA.  

"O trabalho que foi feito com a língua foi um trabalho
muito importante e é graças a ele que agora podemos estabelecer esta
nova prioridade", disse o presidente da FLAD.

Por SAPO Saúde com Lusa