22 de janeiro 2013 - 09h37
O subsistema de saúde dos funcionários públicos representa 20 por cento da faturação anual dos privados, com mais de 200 milhões de euros a entrar nos hospitais, 50 milhões nas óticas e 20 nos laboratórios. 
O governo está a estudar uma reformulação da ADSE, que integra cerca de 1,3 milhões de pessoas, e o fim do subsistema – como foi sugerido pelo secretário nacional do PS Álvaro Beleza na semana passada – representaria o fecho de mais uma torneira que gera todos os anos 270 milhões de euros, revela esta terça-feira o Diário de Notícias.
Teófilo Leite, presidente da Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, disse ao referido jornal que o Estado perderá se avançar com o fim do subsistema porque “a ADSE consegue consultas e cirurgias, respetivamente, 30 e 50 por cento mais baratas” para a Administração Central.
Germano de Sousa, ex-bastonário da Ordem dos Médicos, salienta que a ADSE é um sistema que quase se sustenta e que uma hipótese em cima da mesa deveria ser a adoção do modelo e integração no SNS. “Em 2011 a saúde de cada beneficiário da ADSE custou 455 euros por ano. No SNS foi mais de 900 euros”, defendeu o médico e professor universitário.
Novas tabelas 
De acordo com o plano de atividades da ADSE para 2013, publicado na segunda-feira, vão ser revistas novas tabelas de preços pela Administração Central do Sistema de Saúde no que toca à medicina nuclear, medicina e medicina física e de reabilitação, já depois das tabelas da análise e imagiologia também já terem sido revistas.
Em 2012, os custos da ADSE atingiram os 455 milhões de euros e em 2013 está previsto que esse valor desça para os 368 milhões. 
A última análise do Fundo Monetário Internacional sugeriu que o estado cortasse cerca de 50 por cento no financiamento da ADSE, Assistência na Doença aos Militares e assistência na doença da GNR e da PSP (SAD).
SAPO Saúde