“Faltam nos hospitais de Portalegre e de Elvas e nos centros de saúde do distrito de Portalegre cerca de 150 enfermeiros”, disse Celso Silva, da direção nacional do SEP, num encontro com jornalistas à porta da unidade hospitalar da cidade raiana de Elvas.

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Justificando o número 150 enfermeiros em falta com a “aplicação das formas de cálculo da Ordem dos Enfermeiros para as dotações seguras”, o sindicalista indicou que o SEP já alertou a administração da ULSNA para situações de “quase rotura” em diversas valências, como a ortopedia em Elvas ou os serviços paliativos no hospital de Portalegre.

“Isto já para não falar das questões que veem, por vezes, para a praça pública relacionadas com os serviços de urgências”, acrescentou.

Apesar dos “alertas” já feitos junto do conselho de administração, segundo Celso Silva, a ULSNA “nada tem feito” para inverter a situação.

“O exemplo mais paradigmático é o último concurso para a admissão de enfermeiros, que foi aberto no início de novembro, e, chegados à data de hoje, passaram três meses e meio, e esse concurso, para 25 vagas, ainda não está concluído”, disse.

O SEP lamentou, ainda, que o norte alentejano esteja “um pouco esquecido” pelo Estado, em particular no que diz respeito ao setor da saúde, o que justifica a “necessidade” de se dar um “alerta público” para a situação.

“Consideramos que hoje era chegado o momento de dar um alerta público, com esperança que chegue também ao conselho de administração da ULSNA e ao Ministério da Saúde”, disse.

A Lusa tentou obter uma reação da administração da ULSNA às denúncias do sindicato sobre a falta de enfermeiros, mas o porta-voz da unidade, Ilídio Pinto Cardoso, informou que os responsáveis não vão fazer quaisquer comentários.

A ULSNA gere os hospitais de Portalegre e Elvas e os 16 centros de saúde existentes nos 15 concelhos que compõem o distrito de Portalegre.