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Pessoas com proteinúria, ou excesso de proteínas na urina, vivem menos tempo
26 de março de 2013 - 11h55
Cientistas da University de Calgary, no Canadá, identificaram uma nova forma de descobrir a esperança de vida de uma pessoa através de um exame de urina comum. A abordagem baseia-se no cálculo dos níveis de proteínas na urina que determina o número de anos aproximado que a pessoa ainda tem para viver.
Urina com proteinúria, nome científico para excesso de proteínas, é um indicador de que os rins estão danificados ou a funcionar mal, não conseguindo reter o número de proteínas aconselhado.
As pessoas saudáveis têm níveis muito baixos de proteína na urina, já que os rins são capazes de reter a maior parte, indica a investigação publicada no American Journal of Kidney Diseases.
"O nosso relatório mostra que homens e mulheres com níveis mais altos de proteinúria têm expectativas de vida menores em comparação com pessoas com níveis relativamente baixos de proteinúria", afirma o autor, Tanvir Chowdhury Turin.
O estudo envolveu a análise de 810 mil pacientes, homens e mulheres de 30 a 85 anos, que foram submetidos a testes de proteinúria. Os resultados mostram que quanto maior a quantidade de proteinúria, menor é o tempo de vida.
Os homens que não sofrem de proteinúria sobreviveram cerca de 8,2 anos mais do que quem tinha o problema; as mulheres sem perdas excessivas de proteínas viveram em média mais 10,5 anos.
"Há uma redução notável da expectativa de vida com a gravidade da proteinúria. Nós já sabemos que a gravidade da doença renal crônica está associada ao aumento do risco de resultados adversos, incluindo o risco de mortalidade, mas o efeito da proteinúria na expectativa de vida não tinha sido calculado antes", destaca Turin.
Os níveis de proteína na urina podem potencialmente ser utilizados como um indicador da expectativa de vida e também do bem-estar geral do paciente.
"Este relatório torna mais fácil a compreensão do problema e divulga a importância do teste de urina para pacientes, profissionais de saúde e decisores políticos”, comenta.
“Uma vez que que a proteinúria é um marcador chave, estratégias para melhorar a identificação de pacientes com proteinúria deve ser uma prioridade entre os médicos", sugere Turin.
SAPO Saúde
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