António Filipe, o deputado do PCP destacado para o debate, tinha esgotado o seu tempo de intervenção no debate dos quatro projetos de lei sobre a despenalização da morte assistida, hoje no parlamento, quando Mariana Mortágua fez uma pergunta e notou que o PCP não tinha tempo disponível.

Eutanásia: Países onde a morte assistida é possível
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Mortágua recordou as posições, coincidentes, entre o PCP e personalidades como o ex-Presidente e antigo líder do PSD Cavaco silva ou a ex-deputada Isilda Pegado para quem as pessoas, mesmo doentes, têm que viver “até que Deus quiser ou der o último suspiro”.

E lamentou também que o PCP não tenha dado ouvidos ao Nobel da Literatura e militante comunista José Saramago sobre a luta do espanhol Ramon Sampedro, tetraplégico que pedia para morrer, mas estava condenado a ficar “ligado a tubos”.

“Que pena não terem ouvido as palavras de Saramago”, atirou.

António Filipe usou 30 segundos cedidos pelo próprio Bloco para dizer: “Nós pensamos pela nossa própria cabeça e não por oposição a seja quem for”.