Na Hungria, onde os novos casos diários de covid-19 voltaram a bater recordes, com 11.289 infeções nas últimas 24 horas, o Governo decidiu proibir trabalhadores do setor da saúde, membros das forças de segurança, polícia e o exército de abandonar os respetivos postos de trabalho “porque são necessários para combater a pandemia”

O Governo húngaro já tinha determinado, na quinta-feira, que, a partir de sábado, o uso de máscaras faciais passa a ser obrigatório em todos os espaços públicos fechados e que os profissionais de saúde terão de ser vacinados com uma terceira dose.

O país “está enterrado até ao ‘pescoço’ na quarta vaga [da pandemia]”, afirmou hoje o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

Também a Noruega anunciou hoje que vai voltar a adotar controlos mais rígidos nas fronteiras, passando a exigir a todos os visitantes que se registem num site três dias antes de entrar no país e esperem por uma autorização, que deve ser mostrada nos postos de controlo.

A ministra da Justiça norueguesa, Emilie Enger Mehl, adiantou que a medida entra em vigor em 26 de novembro e tem como objetivo “controlar melhor quem entra” no país, enquanto a ministra da Saúde, Ingvild Kjerkol, apelou a que as pessoas parem de apertar as mãos e voltem a cumprimentar-se com cotoveladas, acenos de cabeça, sorrisos ou colocando uma mão no coração.

A Noruega tinha suspendido a maioria das restrições nacionais a 25 de setembro, dia em que o então ministro da Saúde, Bent Hoeie, anunciou que os “apertos de mão passavam a ser novamente permitidos”.

Hoje de manhã, a Alemanha anunciou que ia “voltar a puxar o travão de mão” para controlar o aumento dos casos de covid-19, já que, segundo o ministro da Saúde, Jens Spahn, o país voltou a estar em estado de “emergência nacional”.

Além da proibição de acesso a pessoas não vacinadas a locais públicos fechados já estar a ser aplicada em vários estados federados, a Alemanha defendeu um regresso ao teletrabalho sempre que possível.

Na Baviera, o maior estado federado da Alemanha — que faz fronteira com a Áustria — o líder do governo regional, Marku Söder, anunciou o cancelamento de todos os mercados de Natal da região e o fecho de bares e discotecas nas zonas onde as taxas de infeção são particularmente altas.

A decisão mais radical foi, no entanto, a do executivo da Áustria, que se tornou hoje o primeiro país da União Europeia (UE) a regressar ao confinamento nacional da população face ao ressurgimento dos casos de covid-19.

A medida entrará em vigor na segunda-feira e, a partir do dia 01 de fevereiro, será acompanhada da obrigação de vacinação para toda a população, anunciou o chanceler Alexander Schallenberg.

A covid-19 já provocou pelo menos 5.130.627 mortes em todo o mundo, entre mais de 255,48 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.