A autoridade reguladora do medicamento nos Estados Unidos aprovou o primeiro fármaco oral para o tratamento das causas subjacentes à esclerose múltipla, uma doença degenerativa do sistema nervoso que tem sido tratada com injectáveis.

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou um medicamento denominado Gilenya, produzido pela farmacêutica suíça Novartis, que visa reduzir recaídas em doentes com esclerose múltipla que experimentam sintomas como desequilíbrio, espasmos musculares e outros problemas de movimento.

A doença é incurável, mas medicamentos esteroides podem reduzir a duração e a severidade dos sintomas a curto prazo. Porém, como todos os fármacos disponíveis no mercado implicam injeções regulares ou mesmo diárias, os doentes acabam por não prosseguir os tratamentos.

Analistas de Wall Street esperam que as vendas de Gilenya atinjam os mil milhões de dólares, tendo em conta que as vendas dos vários medicamentos para a doença já existentes no mercado ultrapassaram os 5,9 mil milhões de dólares em 2009.

Em Junho, um painel da FDA decidiu que o Gilenya ajuda a reduzir as recaídas nos pacientes, mas recomendou que estes não tomem o medicamento sem supervisão médica e que fiquem sob observação durante as seis horas seguintes à primeira toma.

Cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de esclerose múltipla, 400 mil das quais nos EUA.

Fonte: Lusa 

2010-09-23