A vacina de ADN experimental do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) será administrada a 80 voluntários saudáveis com idades compreendidas entre os 18 e os 35 anos em três centros de investigação dos Estados Unidos, anunciou esta agência federal americana.

Os participantes receberam a primeira dose na terça-feira, lê-se num comunicado da Niaid.

"Uma vacina segura e eficaz para prevenir a infeção pelo vírus Zika e as suas devastadoras malformações congénitas", comentou Anthony S. Fauci, diretor do Niaid.

"Os resultados dos testes com animais foram muito animadores. Estamos contentes por ter agora condições para desenvolver esse estudo inicial com pessoas", acrescentou.

A vacina não é capaz de infetar as pessoas com o vírus e antivírus do Zika, mas foi concebida para fazer com que o corpo desenvolva uma resposta reforçada ao vírus.

As autoridades de Saúde dos Estados Unidos recomendaram na segunda-feira (01.08) que as grávidas evitem viajar para uma pequena zona de Miami, onde foram registados 14 casos de infeção pelo vírus Zika, transmitidos localmente por mosquitos.

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Outra vacina experimental contra o Zika, do laboratório Inovio Pharmaceuticals e da empresa biotecnológica sul-coreana GenOne Life Sciences, começou a ser testada no mês passado no Quebeque, no Canadá, e em Miami e na Filadélfia, nos Estados Unidos.

Os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) calculam que mais de 50 países e territórios, a sua grande maioria na América Latina e no Caribe, estão em zonas de risco de transmissão ativa do vírus.

Não existe até ao momento nenhum tratamento eficaz contra o Zika, que na maioria dos casos causa apenas sintomas leves.

O vírus pode provocar, porém, transtornos neurológicos em pessoas infetadas, como a síndrome de Guillan-Barré, além de malformações congénitas graves, como a microcefalia, que se caracteriza por um desenvolvimento insuficiente do cérebro, em fetos de mulheres que contraíram o vírus durante a gravidez.