28 de outubro de 2013 - 11h06
O município de Espinho torna-se hoje o primeiro do país onde idosos que vivem sozinhos podem ter a sua condição clínica controlada à distância, para que técnicos da autarquia, disse o presidente da Câmara.
Em declarações à Lusa, Pinto Moreira explicou que esta será a primeira aplicação em Portugal do projeto "Keep Care", que, tendo já obtido "grande sucesso" em países nórdicos, poderá mudar substancialmente "a segurança da população sénior que vive isolada".
Em Espinho, o programa é integralmente financiado pelo Fundo Social Europeu e, nesta primeira fase, prevê a monitorização de 50 cidadãos, aos quais será aplicada uma banda de cintura equipada com tecnologia própria para lhes medir, por exemplo, o ritmo cardíaco.
"Essa monitorização decorre em tempo real e está sempre a ser controlada", explicou Pinto Moreira, atribuindo esse controlo à empresa Increased Time, que é parceira no projeto. "Se o chip detetar algum problema, é logo alertado um técnico que vai à residência desse idoso ver a que se deve a situação e que, em caso disso, ativa os meios de emergência normais".
A componente técnica do projeto conta também com o apoio da operadora telefónica Optimus, sendo que os primeiros 50 aparelhos de cintura a distribuir pelos idosos mais isolados do concelho até final de 2013 "não terão qualquer custo financeiro para esses utentes".
Consoante os resultados desta fase-piloto, o objetivo da autarquia é depois alargar a cobertura do "Keep Care" a outros cidadãos, "com a eventual possibilidade de esses adquirirem os próximos aparelhos a um preço especial - graças ao facto de Espinho ter sido o primeiro município do país a aderir ao programa".
Para Pinto Moreira, esta iniciativa enquadra-se na estratégia que a Divisão Social da autarquia já vem desenvolvendo no município, com medidas como a do balneário social e a do transporte gratuito até ao Hospital de Gaia, que é a unidade de referência para Espinho.
"No caso do Keep Care, o cenário ideal era todos os idosos de Espinho que vivem sozinhos, sem companhia, pudessem passar a contar com esta tecnologia", afirma o autarca. "Esse seria um contributo inestimável para a sua segurança e ajudaria também à tranquilidade da restante comunidade do concelho".
Lusa