Epidemia de cólera mata 29 pessoas no Sudão do Sul

Pelo menos 29 pessoas morreram na sequência da epidemia de cólera no Sudão do Sul, país devastado há um ano e meio por um violento conflito.

epa02859904 An ethnic Turkana woman gives her baby emergency food at Outpatient Therapeutic Center supported by UNICEF (United Nations Children's Fund) and ECHO (Humanitarian Aid Department of the European Commission) at Kakuma refugee camp in Kakuma town, Turkana District, northwestern Kenya, 08 August 2011. The number of refugees at Kakuma, mostly from Somalia and South Sudan fleeing hunger and insecurity in their countries, has increased from some 70,000 to more than 100,000 people in the last two months. Refugees who had fled the famine-hit Somalia are arriving at Kakuma camp, as an alternative to the already-packed Dadaab refugee camp, another camp located in northeastern Kenya which is overwhelmed with some 400,000 refugees who are in need of aid. According to the United Nations, almost three million people in Kenya, including half a million refugees from Somalia, are in need of food assistance amid the worsening drought. Turkana in the northwestern region is the hardest-hit area in Kenya. EPA/DAI KUROKAWA · Lusa

No total, 484 casos de cólera foram diagnosticados em junho, segundo o Gabitene para a Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas(OCHA). Vinte e nove pessoas morreram, incluindo seis crianças com menos de cinco anos.

"Até 5.000 crianças com menos de cinco anos podem morrer de cólera se não for adotada nenhuma medida urgente para conter a ameaça", alerta o OCHA em comunicado.

"O cólera é particularmente perigosa para as crianças pequenas porque provoca uma desidratação rápida e grave", afirma a nota.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e voluntários iniciaram uma campanha de vacinação no país. A 23 de junho, quando o ministério da Saúde do Sudão do Sul declarou a existência de uma epidemia, a cólera já tinha dizimado 18 vidas.

As autoridades acreditam que a epidemia começou nas bases da ONU, superlotadas, na capital Juba. As bases servem de refúgio para os quase 140.000 sul-sudaneses que fogem dos combates por todo o país.

A epidemia atingiu outras partes da capital. No ano passado, 167 pessoas morreram por causa da doença.

A cólera é uma infeção intestinal provocada pela ingestão de alimentos ou de água contaminadas pela bactéria, que pode provocar a morte em poucas horas se a pessoa não for tratada.

A doença propaga-se facilmente, principalmente em áreas sem infraestrutura básica.