A Ordem dos Enfermeiros recebeu com perplexidade a notícia, através do Conselho Internacional de Enfermeiros (ICN), da prisão de enfermeiros e médicos no Bahrain. Neste estado insular do Golfo Pérsico, os profissionais foram condenados entre 5 e 15 anos de prisão por terem tratado manifestantes feridos durante os protestos antirregime que decorreram naquele país.
A ordem considera vergonhoso que enfermeiros e médicos no Bahrain sejam acusados de crime por providenciarem cuidados de saúde como é seu dever, tal como consta do Estatuto da OE (Art.º 76º – Deveres em geral) e, consequentemente, fiquem privados da sua liberdade.
O ICN, do qual a Ordem dos Enfermeiros é membro, já pediu a suspensão das penas de prisão, considerando-as «injustas e inaceitáveis», tendo referido que os profissionais de saúde foram condenados por um tribunal militar, «num julgamento injusto e com motivações políticas».
Em comunicado de imprensa, o ICN denunciou a prisão de 20 profissionais de saúde, nos quais se incluem enfermeiros, tendo inclusivamente o líder da Sociedade de Enfermagem do Bahrain sido sancionado com uma sentença «vergonhosa» de 15 anos de prisão.
O ICN já solicitou a retirada das acusações contra estes profissionais de saúde, de modo a que estes «possam ser restabelecidos nos seus cargos e continuar a cuidar de todos aqueles que deles necessitam».
Este órgão internacional que representa cerca de 13 milhões de enfermeiros em todo o mundo exortou todos os seus membros – associações nacionais de enfermeiros e todos os que se preocupam com a proteção dos trabalhadores da saúde no exercício do dever de zelar pela saúde em tempo de paz ou em tempos de conflito – a endereçar um pedido de suspensão das acusações às autoridades do Reino do Bahrain.
07 de outubro de 2011
Fonte: Ordem dos Enfermeiros
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