"A administração já assumiu que vai decretar as 35 horas, mas apenas a 01 de janeiro. Hoje, anunciou que na sexta-feira vai apresentar uma nova proposta para as 35 horas, os seus compromissos para o pagamento de horas extraordinárias e o pagamento de 1.200 euros aos especialistas", referiu o presidente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Martins, ao anunciar hoje a suspensão do protesto que protesto que deveria durar 15 dias.

Conhece as vantagens de um seguro de saúde?
Conhece as vantagens de um seguro de saúde?
Ver artigo

Por isso, justificou o sindicalista, "em sinal de boa-fé, os enfermeiros decidiram, em plenário, suspender amanhã [quarta-feira], de manhã, a greve que estava decretada".

Administração estranhou greve

Contactada pela agência Lusa, a administração afirmou, por escrito, ter recebido "com estranheza" o pré-aviso de greve afirmando que "sempre foi demonstrada total disponibilidade para, em sede própria, discutir as questões levantadas e apresentar soluções", lê-se.

Na resposta enviada à Lusa, o Hospital de Braga esclarece que "tem vindo, no decorrer dos últimos dois anos, a reunir-se regularmente com o SEP no sentido de concertar uma agenda que contemple diversas questões laborais em aberto e que culmine na celebração de um Acordo de Empresa".

"A valorização salarial, a progressão na carreira e a possibilidade de redução de horário para as 35 horas - apesar de não existir por parte do Hospital de Braga qualquer obrigação legal na sua implementação - assim como outras questões laborais têm sido discutidas nas várias reuniões ocorridas, tendo a última acontecido no passado mês de junho", lê-se.

A administração garantiu ainda que as negociações não estão fechadas.

"O Hospital de Braga mantém, por isso, a sua disponibilidade para, em sede própria, continuar a negociar os termos do Acordo de Empresa", apontou.