O corpo de Aaron Traywick foi encontrado na sala de um spa em Washington, no domingo, segundo a polícia local. Segundo a Vice News, Traywick foi descoberto imerso num tanque de água usado para terapia de flutuação quando os policiais foram chamados ao local.

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Um porta-voz da polícia afirmou que no local não foram encontrados quaisquer indícios de homicídio.

O homem de 28 anos era diretor executivo da Ascendance Biomedical, não tinha qualquer formação médica e era conhecido por se automedicar e encorajar outras pessoas a fazer o mesmo, escreve a BBC.

Traywick anunciou que a sua empresa de biohacking tinha desenvolvido um "composto" artesanal que poderia curar o VIH/SIDA e herpes, embora admitisse naõ ter documentação suficiente para comprovar isso.

O que é o Biohacking?

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Biohacking caracteriza-se pela utilização do próprio corpo para testar drogas ilegais, dietas, cirurgias ou fármacos não testados.

Traywick tinha herpes simples tipo 2, mas perante uma plateia de centenas de participantes numa convenção de Biohacking, em fevereiro, terá injetado aquilo que designou como a cura para o vírus.

O ato foi transmitido no Facebook e levou a FDA, a agência americana que regula o setor da alimentação e medicamentos, a condenar a utilização de terapias não testadas e não aprovadas.

À semelhança do que acontece com o VIH/Sida ou com o HPV, atualmente não existe um tratamento eficaz na eliminação da carga viral do vírus herpes simplex. Existem apenas tratamentos capazes de atenuar ou combater os sintomas das infeções por esses mesmos vírus.

Aaron Traywick dizia que o seu produto era um "composto" resultado de investigação própria. Em entrevista à BBC, este norte-americano de 28 anos admitiu ainda que pretendia chamar a atenção da FDA para a sua invenção.