Esta paralisação pode afetar tratamentos e cirurgias nos hospitais e centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo. Em declarações à Lusa, Rui Marroni, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), explicou que de um universo de cerca de "2.800 enfermeiros, mais de metade não tem o seu processo de descongelamento devido".

"Tem que ver com um incumprimento da Administração Regional de Saúde (ARS) e do Conselho Diretivo da ARS de Lisboa e Vale do Tejo que devia ter corrigido o descongelamento da carreira de enfermeiros", explicou o responsável, adiantando que aquilo que foi feito até ao momento foi "de forma irregular" já que não "regularizou completamente as situações".

De acordo com o sindicalista, está em causa "um conjunto de enfermeiros, provavelmente a maioria, com 23, 24 ou 25 anos de exercício que não foi reposicionado nesse processo de descongelamento".

Rui Narroni lamentou que estes profissionais com "20 e poucos anos de serviço" estejam a auferir o mesmo salário "que um enfermeiro que ingresse agora na administração pública ao fim do primeiro mês".

O SEP irá ainda entregar um caderno reivindicativo dirigido à ARSLVT, onde constam várias questões para as quais ainda não há soluções públicas.