A cerimónia de tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Nacional das Farmácias para o triénio 2024-2026, na sede da ANF, terá início às 18h. Pela manhã, Ema Paulino disse ao HealthNews com que objetivos avança para o segundo mandato enquanto presidente. “Dar continuidade ao trabalho iniciado no anterior mandato, que se prende com a aproximação às farmácias e às suas necessidades e expectativas, numa perspetiva de lhes proporcionar apoio no sentido de continuarem a fazer face àquelas que também são as necessidades e expectativas da própria população, e particularmente neste contexto de enorme pressão sobre o sistema de saúde. Por outro lado, também dar continuidade ao trabalho de reorganização interna, de readequação da organização, tanto ao nível do serviço que temos que prestar às farmácias para lhes dar esse apoio, como ao nível da sustentabilidade económico-financeira do grupo ANF, como forma, também, de apoiar a sustentabilidade económico-financeira das farmácias”, começou por explicar.
E prosseguiu: “Por outro lado, continuar a trabalhar no objetivo de integração e complementaridade com as respostas dadas pelo Serviço Nacional de Saúde, trabalho que já foi iniciado neste anterior mandato e do qual são exemplos a testagem rápida contra a covid, a vacinação e a dispensa em proximidade dos medicamentos hospitalares, e, também, reforçar o nosso papel tradicional e historicamente reconhecido de promover a acessibilidade aos medicamentos, mas com uma componente reforçada ao nível da otimização da sua efetividade e segurança, particularmente no contexto do novo serviço de renovação da terapêutica, que implica acesso a dados em saúde da população e em que a responsabilidade nas farmácias é também a de garantir o acompanhamento das pessoas ao longo desse processo”.
Ema Paulino procurará ainda concluir outros processos que já foram iniciados, “nomeadamente em termos da participação da rede de farmácias no rastreio contra o cancro colorretal e, também, da participação das farmácias ao nível da intervenção nas infeções clínicas ligeiras, reforçando o seu papel de porta de entrada no sistema de saúde”. “E, por outro lado, mostrar toda a disponibilidade para darmos resposta a outras necessidades que a população portuguesa apresente e para as quais, em colaboração com os outros profissionais de saúde e em articulação com as outras instituições de saúde, possa fazer sentido [contar com] as farmácias (…), particularmente tendo em conta as suas características de capilaridade, ou seja, de distribuição pelo território nacional, e de capacidade técnico-científica das suas equipas”.
As farmácias – afiança Ema Paulino – estão disponíveis para atividades na área da promoção da saúde e prevenção da doença e, depois, no acompanhamento dos doentes após o diagnóstico, particularmente em situações de doença crónica.
Ema Paulino reconheceu ainda que, efetivamente, é preciso dialogar com o poder político. “A centralidade do cidadão que é necessária para podermos corresponder às necessidades e expetativas deste mesmo cidadão exige que haja de facto um envolvimento das farmácias comunitárias, porque elas são reconhecidas pelo cidadão como uma componente importante do seu processo de cuidados de saúde e são muitas vezes a porta de entrada e, em algumas localizações do país, as únicas instituições de saúde que se encontram disponíveis para a população. Portanto, independentemente dos nossos interlocutores políticos, acaba por ser de certa forma inevitável um maior envolvimento da rede de farmácias nas políticas de saúde”, respondeu.
Para Ema Paulino, o programa eleitoral da Aliança Democrática indica que “há um papel importante para as farmácias neste novo ciclo político”. “Portanto, estamos expectantes e muito disponíveis para trabalhar com este novo governo nessa ativação”, concluiu.
HN/Rita Antunes
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