Haxixe, marijuana, cocaína e anfetaminas são algumas das substâncias mais consumidas pelos atletas portugueses. A conclusão pertence a um estudo desenvolvido pela Autoridade AntiDopagem de Portugal (ADoP) que classifica as drogas sociais como o maior problema do desporto, a nível nacional.
A análise acrescenta ainda que só no ano passado foram identificados 60 casos de doping no país e que destes, 15 foram em futebolistas, o que coloca o “desporto-rei” no topo da lista das modalidades. Dos 15 casos, 13 apresentaram testes positivos e, destes, mais de 50% foram por drogas sociais.
“Regra geral, os atletas, começam a utilizar as drogas com o objectivo de melhorar o desempenho físico. No entanto, com o consumo regular, como acontece com o cidadão comum acabam por se tornar dependentes delas, o acaba por lhes trazer consequências não só em termos de saúde mas inclusivamente para a sua carreira profissional” explica o presidente da Associação Para Um Portugal Livre de Drogas (APLD), Manuel Pinto Coelho.
Actualmente, as substâncias mais vezes detectadas continuam a ser os canabinóides com 41% (haxixe, marijuana), seguindo-se os estimulantes com 24% (cocaína, anfetaminas).
A Associação Para Um Portugal Livre de Drogas (APLD) foi criada em Junho de 2004 com o intuito de promover a ideia de que o combate à toxicodependência deve prevelegiar a prevenção e o tratamento e que as drogas de substituição devem ser utilizadas únicamente nos casos em que têm indicação.
Discutir abertamente modelos de acompanhamento e tratamento de toxicodependentes e incentivar a cooperação internacional com países na Europa e fora dela que adoptaram o modelo de sociedades livres de drogas, são outros dos objectivos da APLD.
28 de junho de 2011
Fonte: Grupo Inforpress
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