
Dois médicos do Hospital de São João, no Porto, foram suspensos por amputarem uma mama saudável a uma mulher que tinha sofrido de cancro. A notícia é avançada hoje pelo Jornal de Notícias.
O caso aconteceu em 2016, quando uma paciente foi submetida a uma mastectomia à mama direita, na qual tinha tido um carcinoma invasivo. No entanto, sem autorização, a equipa que a operou removeu também a mama esquerda.
"Propuseram-me fazer mastectomia total, com reconstrução imediata, das duas mamas. Eu não quis, porque uma nunca tinha estado doente", diz Susana Tomé ao referido jornal.
Mastectomia dupla radical
A paciente acabou por consentir, em 2016, a mastectomia à mama direita e "a simetrização da mama esquerda, com eventual prótese de gel de silicone". Mas não foi isso que aconteceu: fizeram-lhe uma mastectomia dupla radical.
A Ordem dos Médicos apurou que os clínicos cometeram o erro devido a uma "falha de comunicação" e cometeram "infrações graves, praticadas com negligência grosseira".
Os dois responsáveis pelo erro acabaram punidos pela Ordem dos Médicos, com 10 e 21 dias de suspensão.
Nos próximos dias, vai dar entrada de um processo cível contra os médicos, no Tribunal Administrativo do Porto.
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