O diretor-geral da Saúde, Francisco George, alertou hoje para “o fenómeno extremo” que representam as altas temperaturas que se registam em Portugal e defendeu a adoção de medidas de proteção “essenciais” para reduzir os efeitos do calor na saúde.

“Estamos perante um fenómeno extremo, não é uma onda de calor, mas a verdade é que as temperaturas sobem em muitas localidades acima dos 40 graus, o que impõe a adoção de um conjunto de medidas que consideramos essenciais para reduzir o os efeitos na saúde dos portugueses”, disse à Lusa o responsável.

Para Francisco George, há seis medidas essenciais, entre as quais a ingestão “de água ou sumos naturais, mesmo sem a sensação de sede”.

“Evitar o consumo de bebidas alcoólicas e com cafeína”, bem como “a exposição ao sol entre as 11:00 e as 17:00 ou 18:00” são outras medidas defendidas pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

Para Francisco George, as crianças e os idosos acima dos 65 anos devem merecer uma atenção especial, “precisamente porque podem não conseguir manifestar a sensação de sede”.

Em relação aos doentes crónicos, o especialista em saúde pública disse que estes devem seguir as recomendações dos seus médicos assistentes, o que é “essencial para reequilibrar os medicamentos e a terapêuticas ao período do maior calor”.

Francisco George sugere a consulta de informações no site do organismo que dirige (www.DGS.pt) ou o contacto telefónico com a Linha Saúde 24 (808242424), que “que está preparada para dar conselhos a quem precisar de esclarecimentos complementares em relação aos aspetos de proteção das temperaturas elevadas”.

A DGS colocou hoej no site alertas para situações em que as tempertauras elevadas podem ter efeitos na saúde em sete distritos: Braga, Bragança, Vila Real, Castelo Branco, Lisboa, Santarém e Setúbal.

Já o Instituto de Meteorologia (IM) colocou hoje dez distritos de Portugal continental em aviso laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro: Braga, Vila Real, Bragança, Guarda, Castelo Branco, Lisboa, Santarém, Portalegre, Évora e Beja.

Também a Protecção Civil apelou segunda-feira para que os grupos populacionais mais vulneráveis, como idosos, crianças, sem-abrigo e doentes do foro cardiorrespiratória, adotem medidas de auto proteção para situações de calor, nomeadamente beber água com regularidade, evitar atividade física e não viajar de carro nas horas de maior calor.

26 de junho de 2012

@Lusa