Em comunicado enviado às redações, Pedro Furtado, diretor-geral do CustoJusto.pt, justifica esta medida como "uma tentativa de evitar a especulação que se tem verificado nos últimos dias no que se refere aos preços e à disponibilidade destes equipamentos, como por exemplo as máscaras ou o gel desinfetante".
"Não queremos que o CustoJusto.pt sirva para uma aproveitamento especulativo com uma situação grave de saúde pública como esta que vivemos. Decidimos que iremos retirar a partir de hoje todos os anúncios que se referem a estes equipamentos", destaca o responsável.
Nos últimos dias, surgiram dezenas de novos anúncios a máscaras cirúrgicas ou de proteção individual nas grandes plataformas portuguesa de venda de produtos na Internet, como o OLX e o CustoJusto.pt.
Ainda em comunicado, o CustoJusto.pt explica que na última semana verificou um aumento de 116% nas pesquisas de equipamentos de proteção para o COVID-19 e um aumento de procura de igual valor.
Também hoje o OLX anunciou a retirada de anúncios relativos a máscaras e produtos de proteção contra o COVID-19, numa tentativa de limitar a especulação económica.
O surto de COVID-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.300 mortos e infetou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo nove em Portugal. Das pessoas infetadas, mais de 50 mil recuperaram.
Além de 3.012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de COVID-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.
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