
Os arguidos, de 51 e 67 anos, sujeitos a termo de identidade e residência – medida de coação mais leve – falaram ao coletivo de juízes, um para dizer que não sabia que o esquema era fraudulento, o outro para assumir que sabia.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os suspeitos, residentes em Vila Nova de Gaia e Maia, forjavam receitas de medicamentos muito procurados no mercado nacional e internacional, nomeadamente psicóticos ou ansiolíticos.
Um dos suspeitos, atualmente a trabalhar como funcionário farmacêutico, juntamente com o outro arguido, obtinha receituário de vários medicamentos, assim como nomes e números de utentes do SNS, garantiu a acusação.
Depois, forjavam ou pediam a terceiros para forjar várias receitas que lhes permitiam obter medicamentos em diversas farmácias do Porto, nas quais colocavam vinhetas e a assinatura de cinco médicos diferentes, que desconheciam a situação.
Os dois homens acabariam detidos pela Polícia Judiciária do Porto que, nas buscas domiciliárias, encontrou dezenas de receitas forjadas que, caso fossem aviadas, lesaria o SNS em cerca de 20 mil euros.
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