O anúncio foi feito no encontro "Cuidar em Casa", que decorreu durante o dia em Coimbra, organizado pela Equipa Coordenadora Regional da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados da ARSC.

Na sua intervenção, Rosa Reis Marques considerou "razoável" a resposta da rede na região Centro, onde existem 65 unidades de internamento com 2.291 camas nas diferentes tipologias de cuidados e 66 equipas domiciliárias, com 846 lugares.

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Relativamente às Equipas de Cuidados Continuados Integrados no domicílio, a presidente da ARSC adiantou que está em curso o reforço dos recursos humanos, com a colocação de mais 103 enfermeiros nas unidades de Cuidados de Saúde Primários, que efetuam a referenciação dos doentes.

O coordenador nacional da reforma do Serviço Nacional de Saúde na área dos Cuidados Continuados Integrados defendeu hoje que o futuro do setor passa pela prestação de cuidados em casa.

Segundo Manuel Lopes, cuidar em casa vai ser "um dos mais importantes complementos aos restantes cuidados e, provavelmente, vai ser aquele que mais se vai desenvolver nos tempos mais próximos".

"É uma mudança de paradigma, não tenho dúvidas nenhumas sobre isso, e estou em crer que vai cumprir alguns critérios muito interessantes: torna os cuidados mais baratos, com menos riscos [do que nos hospitais] e, ao mesmo tempo, vai aumentar a satisfação dos doentes com os cuidados", disse à agência Lusa.

De acordo com Manuel Lopes, existem atualmente cerca de 3.000 vagas nas Equipas de Cuidados Continuados Integrados que não estão a ser preenchidas por falta de referenciação dos Cuidados Primários de Saúde.

"Isto preocupa-nos, porque queremos que estas equipas estejam a ser utilizadas na sua total capacidade", sublinhou o responsável, referindo que, no caso das unidades de institucionalização, não existem vagas.